Violência contra a Mulher e o Tai Chi Chuan

30/03/2023 18:12

Com cada mulher morta pelo ódio, todas   nós mulheres também morremos um pouco.  

Hoje a ministra das mulheres afirmou que a cada 7 minutos morre uma

mulher no Brasil vítima de feminicídio.

Hoje, véspera do dia internacional da mulher, novas ações foram tomadas pelo ministério visando proteger a mulher da violência.

Fico sempre aflita pensando como agir de alguma maneira contra tanta barbárie. Que emoções descontroladas levam a vitimarem    mulheres por decidirem romper com relações tóxicas?

Além das leis, de ações sociais, policiais, jurídicas, o que cada uma de nós poderia ou deve fazer para atuar contra a violência a que mulheres são submetidas por   um tipo   qualquer   de ex?!

 

É importante promover na   educação das mulheres   autoestima e segurança física.  Noções de autodefesa pessoal deveria constar desde cedo na educação das meninas.

Situações  de violência, envolvem medo, submissão, incapacidade de reação.

Por isso aprendizagem de seu próprio poder, técnicas   de defesa   pessoal são de real importância.

 

 Tai Chi Chuan  é uma arte marcial chinesa, que trabalha o fortalecimento, o equilíbrio físico, e mental, coordenação motora, e autopercepção promovendo a capacidade de  autodefesa e  saúde. Com  segurança interna, emoções não se tornam perturbadoras, a pessoa tem capacidade de melhor escolha nas relações, algo muito importante na evitação de perigo, discernimento e  alternativas diante dele.

 

Uma mulher que pratica Tai Chi, não é vulnerável.

Praticando   esta arte marcial interna, não ficaremos reféns de situações abusivas.

A prática nos ensina a não sermos incapazes, ou fracas   como desejam nos fazer crer. O perigo de violência   é percebido espontaneamente, situações de agressividade são evitadas.  Saberemos nos proteger. Não ficaremos indefesas  diante de  agressões e estupros.

Não precisamos ser vítimas. Impotentes. Com nossos corpos temos condições   de nos defendermos, ainda que mais frágeis fisicamente. A arte nos ensina a força interna e a resistência externa.

Não podemos mais aceitar esta estatística absurda de violência e   mortes de mulheres por se negarem a aceitar um homem impotente emocional e moralmente. Que se impõe apenas pela força física.

Aprendamos   impor o respeito que nos é devido, e poderemos escolher com mais clareza quem pode  receber nosso  amor, nosso carinho e atenção,  fazer parte de nossas vidas, para caminharmos juntos.

Tai Chi deveria fazer parte de eventos de mulheres. Ensinado  como prática física,  ele contempla também a mente e o espirito.

Regiões onde mulheres estão mais vulneráveis deveria fazer parte de programas de Governo e de Saúde pública.

 

Vamos reconhecer nosso poder feminino. Vamos encurtar estas tristes estatísticas. Eliminá-las. Temos tanto amor pra dar, quem há de merecê-lo? Quem há de fazer parte desta jornada tão bela, Vida?!

Vida longa com segurança e alegria a todas as mulheres em nosso dia!

Florianópolis, 07/03-2023

Teresa Sell

Professora do Grupo Wulin de Práticas Orientais.

Professora aposentada de Psicologia Social da UFSC.